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FILOPARANAVAÍ

sábado, 31 de julho de 2010

DESCRIMINALIZAR O ABORTO NO BRASIL: Até quando vamos manter o silêncio???

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TEMA TABU
A hoste católica moralista e outros cristãos conservadores ainda querem manter o ABORTO e sua descriminalização, como tema estritamente proibido. Porém, a sociedade brasileira vai amadurecendo dia a dia nos fundamentos do Estado Laico e não demora, o ABORTO e sua descriminalização passará a compor a agenda de saúde pública do país.



Grave problema de saúde pública e de justiça social: O abortamento representa um grave problema de saúde pública e de justiça social em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, de grande amplitude e com complexa cadeia de aspectos que envolvem questões legais, econômicas, sociais e psicológicas. Um reflexo disso é que, enquanto o número de abortos inseguros na europa Ocidental é muito baixo, na américa do sul esta estimativa chega a três milhões (Cook, dickens & fathalla, 2004). Grande parte dos sistemas de saúde nos países em desenvolvimento,independentemente de sua política em relação ao aborto inseguro, não planeja sistematicamente nem fornece atenção médica de emergência de maneira eficaz a mulheres que sofrem de complicações relacionadas ao aborto. Como resultado, o tratamento freqüentemente é postergado e ineficaz, com graves conseqüências e riscos à saúde da mulher (JHU, Population information Program, 1997).
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O aborto é amplamente praticado no país por meios inadequados, apesar de proibido por lei — a prática é crime, permitida apenas em caso de violência sexual (estupro) ou risco à vida da mulher, segundo o artigo 128, incisos i e ii do Código Penal. As conseqüências são quase sempre danos à saúde ou mesmo a morte da mulher.
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Estimativas de 2005 apontam para a realização de 1.054.243 abortos, números abaixo da realidade devido à subnotificação: as mulheres em situação de aborto incompleto ou complicações decorrentes de aborto sentem-se geralmente constrangidas ou têm medo de declarar o pro- cedimento nos serviços de saúde. Em 1991, as estimativas do número de abortos no Brasil variavam entre 300 mil e 3,3 milhões de abortos ilegais feitos a cada ano (fonseca et al, 1996; singh& Wulf, 1991). em 1994, o alan Guttmacher institute publicou os resultados de uma investigação sobre aborto inseguro na américa Latina, incluindo o Brasil, estimando para 1991 um total de 1.443.350 abortamentos inseguros no país, e uma taxa anual de 3,65 abortamentos por 100 mulheres de 15 a 49 anos. a repercussão nacional e internacional da investigação sobre aborto inseguro na américa Latina foi tão grande que recolocou esta discussão em pauta e hoje é difícil um estudo sobre aborto inseguro que não o referencie.
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O Comitê de direitos Humanos das Nações Unidas (CdH) estabeleceu que o respeito ao direito à vida das mulheres inclui o dever dos estados de adotarem medidas para evitar que elas recorram a abortamentos inseguros e clandestinos que ponham em risco sua vida e sua saúde, especialmente quando se tratar de mulheres pobres e afrodescendentes (CdH, Observação Geral nº 28, parágrafo 10). Abortamento inseguro é o procedimento para interromper a gestação não dese- jada realizado por pessoas sem as habilidades necessárias ou em um ambiente que não cumpre com os mínimos requisitos médicos, ou ambas as condições. ConsidEraçÕEs finais E rEComEndaçÕEs:
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A cobertura insuficiente de medidas anticoncepcionais resulta em gravidezes indesejadas, levando mais de um milhão de mulheres por ano a se envolver em situação de abortamento inseguro no Brasil, com complicações graves como hemorragias, infecções, perfuração uterina, esterilidade e muitas vezes terminando em morte materna. do ponto de vista da saúde pública e da justiça social, fica claro que a criminalização do abortamento não só dificulta o conhecimento do problema, como aumenta os riscos do abortamento inseguro, penalizando mais severamente a população tornada mais vulnerável por viver em regiões menos desenvolvidas ou por pertencer a grupos populacionais submetidos a condições socioeconômicas desfavoráveis, como a população de mulheres negras.
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A penalização, a estigmatização e o preconceito contra essas mulheres em situação de abortamento inseguro não ajudam a minimizar o problema nem a diminuir as graves conseqüências para a saúde da população feminina; esta população precisa de apoio, atenção, cuidados médicos e de uma cobertura mais eficiente dos métodos anticoncepcionais. Recomenda-se a busca de soluções eficazes no âmbito da saúde pública, sem interferência de dogmas religiosos, como atribuição do estado laico e democrático.
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Ainda temos longo caminho para conhecer melhor a magnitude do aborto inseguro no Brasil e suas conseqüências, fazendo-se necessária a continuação destes estudos, seminários e debates com pesquisadores, defensores dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos das mulheres, integrantes do executivo, Legislativo e Judiciário sobre a necessária mudança da lei sobre o aborto para retirar o tema da esfera penal.
fonte: Radis/Ficoruz

DIREITOS HUMANOS: Homossexualidade: genético ou ambiental?

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Homossexualidade: genético ou ambiental?

(Mayana Zatz (Tel Aviv, 16 de julho de 1947) é uma bióloga molecular e geneticista brasileira, professora do Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Desde 2005, exerce o cargo de pró-reitora de pesquisa da USP. Pesquisadora renomada em genética humana, com contribuições principalmente no campo de doenças neuromusculares (distrofias musculares, paraplegias espásticas, esclerose lateral amiotrófica) em que é pioneira, atualmente seu laboratório no Centro de Estudos do Genoma Humano da USP também realiza relevantes pesquisas no campo de células-tronco. Até julho de 2007, publicou 280 trabalhos científicos.)

Doutora Mayana, o que a senhora pensa sobre as origens da homossexualidade? Estaria ela realmente associada à genética? A psicologia já sabe que um homossexual não se torna homossexual do nada, bem como não pode deixar de sê-lo. Ele nasce assim e morre assim. Diversos animais também apresentam esse tipo de comportamento. Acompanhando o questionamento, do ponto de vista biológico, seria a homossexualidade uma anomalia? Ou seria uma forma de controlar a procriação de uma espécie? Já recebi inúmeros e-mails de leitores perguntando exatamente isso. A homossexualidade tem bases genéticas ou é uma característica ambiental? Embora em minha opinião exista uma predisposição genética para um comportamento homossexual, pesquisas científicas que provem isso na prática são muito difíceis de serem realizadas.
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Estudos não são conclusivos? Pesquisas genéticas são difíceis de serem realizadas com seres humanos porque não há como analisar comportamentos de pessoas sem levar em conta o ambiente em que vivem ou foram criados. Além disso, o fato de que pessoas com comportamento homossexual não procriarem dificulta a definição de um padrão de transmissão genética entre gerações. Estudos de gêmeos idênticos que foram separados ao nascer e criados por famílias diferentes poderiam potencialmente trazer informações importantes. Por exemplo, se a concordância (preferência sexual) entre eles for igual à de gêmeos criados juntos, isso apontaria para uma predisposição genética. Entretanto, estudos como esses são difíceis de serem realizados na prática porque requerem amostras muito grandes para terem uma comprovação estatisticamente significante.
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Herança multifatorial? A homossexualidade poderia, por exemplo, obedecer a um padrão de herança multifatorial, onde vários genes interagem com o ambiente para determinar uma característica. Entretanto, a identificação de genes responsáveis por traços multifatoriais é extremamente difícil. Só para se ter uma idéia, até hoje não foram ainda identificados os muitos genes que determinam a estatura e sabe-se com certeza que trata-se de um traço com grande influência genética. Por outro lado, durante muito tempo, o autismo também era atribuído ao ambiente e hoje sabe-se que o comportamento autístico é uma característica genética, embora a busca para os genes responsáveis ainda continue.
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Característica aparece na infância? Apesar da atração pelo mesmo sexo manifestar-se às vezes só na idade adulta, todos nós conhecemos crianças que já demonstravam um comportamento típico do sexo oposto desde a mais tenra idade. Há meninos que gostam de brincar com bonecas ou usar as jóias, sapatos de salto ou maquiagens de suas mães e meninas que preferem carrinhos ou brincadeiras violentas, mais agressivas. Muitos deles sofrem, e muito, com isso, porque percebem que são diferentes mas não conseguem mudar suas preferências. Acredito que isso também fale a favor de uma predisposição genética.
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Seria uma anomalia? Na minha opinião, certamente não. Para quem é heterossexual às vezes é difícil entender, mas o fato de observar-se um comportamento semelhante em animais sugere também que existe uma predisposição genética. Eles não sabem o que a sociedade espera deles, o que é considerado "certo" ou "errado". É interessante que em camundongos já foi observado que há um aumento de homossexualismo quando há uma superpopulação - talvez uma forma da natureza de controlar a explosão populacional. Reitero que, ainda que eu pessoalmente acredite que possa haver uma influência genética para a homossexualidade, ainda não existe uma comprovação científica. O avanço nas pesquisas e tecnologias poderá talvez elucidar esse enigma no futuro próximo.
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Mais informações sobre a HOMOSSEXUALIDADE:Especialistas afirmam que homossexualidade não tem nada a ver com a educação. Os pais dos jovens gays e lésbicas de hoje cresceram num mundo em que gostar de pessoas do mesmo sexo era considerado doença. Foi apenas nos anos 70 que a Associação Americana de Psiquiatria deixou de classificar a homossexualidade como um distúrbio mental. O Conselho Federal de Medicina do Brasil fez o mesmo em 1985 e a Organização Mundial de Saúde só a desconsiderou como doença em 1991.
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A palavra homossexualismo não é mais usada - foi substituída por homossexualidade - já que o sufixo ismo está relacionado a doença."O entendimento atual é de que se trata de uma orientação sexual saudável", diz o psiquiatra do Projeto Sexualidade da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Marco Scanavino. Para o especialista, mesmo com uma aceitação melhor da sociedade, a tolerância dos pais com relação à homossexualidade dos filhos ainda é difícil, principalmente pela falta de informação e pelo preconceito. "A sociedade, a religião, a família, ninguém me ensinou a ajudá-lo", diz E.M., mãe de um homossexual, que hoje organiza um grupo de apoio a pais de gays. "Temos um muro sociocomportamental para derrubar." "Só pedi a ele que não freqüentasse lugares promíscuos e que procurasse alguém de bem", conta a dona de casa Dalva de Almeida, de 47 anos, cujo filho Geraldo, de 18 anos, revelou ser gay no ano passado. "Que mãe não conhece seu filho? Eu sei que ela já sabia", diz o jovem, que enfrentava a brincadeira de colegas durante o ensino médio e não tinha coragem de contar a verdade à mãe. A aceitação foi até melhor do que ele esperava. "Somos todos cúmplices aqui em casa. Do mesmo jeito que defendia meu filho quando tinha um problema na escola, vou defendê-lo caso alguém o agrida por ser gay", diz a mãe. O psicoterapeuta sexual João Batista Pedrosa, especialista em homossexualidade, explica que o primeiro trabalho que precisa ser feito com os pais de gays e lésbicas é dizer que a orientação sexual não está relacionada à educação recebida pelos filhos. "A maioria ainda chega pensando: onde foi que eu errei?" Segundo a diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), Mayana Zatz, as pesquisas que relacionam a homossexualidade a genes específicos ainda não apresentaram resultados eficientes. "Mesmo assim, acredito que haja componentes genéticos na homossexualidade", diz a pesquisadora.A sociedade patriarcal e a necessidade de descendência fazem do pai uma vítima mais freqüente da revolta pela descoberta de um filho homossexual."Os pais projetam nos filhos uma expectativa de continuidade pessoal, por isso é difícil aceitar caminhos tão diferentes dos deles", completa o psicólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) Antonio Carlos Amador Pereira. (R.C.)
fonte: www.sistemas.aids.gov.br/


PRECONCEITO,
DISCRIMINAÇÃO,
TÔ FORA!!!
Ser diferente,
faz toda a
diferença!!!

filoparanavai 2010

sábado, 24 de julho de 2010

FILOSOFIA POLÍTICA: Acesso fácil aos conteúdos


Filosofia política é uma área de estudos/pesquisas/ especulações da filosofia cujo objetivo é estudar as questões a respeito da convivência entre o ser humano e as relações de poder. Também analisa temas a respeito da natureza do Estado, do governo, da justiça, da liberdade e do pluralismo. A política, na filosofia, deve ser entendida num sentido amplo, que envolve as relações entre os habitantes de uma comunidade e seus governantes e não apenas como sinônimo de partidos políticos. A filosofia política ocidental surgiu na Grécia antiga e dizia a respeito sobre a convivência dos habitantes dentro das cidades-estados gregas. Estas eram independentes e muitas vezes rivais entre si. Tais cidades contemplavam as mais variadas formas de organização política como a aristocracia, democracia, monarquia, oligarquia e, até, a tirania. À medida que as cidades foram crescendo, o termo política passou a ser aplicado a todas as esferas onde o poder estava envolvido. Assim, num sentido amplo, existe política desde aqueles que habitam aldeias, como aqueles que moram em estados-nacionais. A palavra política é de origem grega (polis) e significa cidade. Polis é a Cidade, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos (no grego “politikos”), isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais. (Convite a Filosofia, Marilena Chaui, Editora Ática). Polis é o que chamamos, ao estudarmos a Grécia Antiga, de Cidades-Estados.

IMPERDÍVEL! Um aulão grátis sobre política, democracia, humanismo, políticas públicas, relações exteriores, justiça e muitos outros temas.

LEITURA DE TEXTO FILOSÓFICO: Filosofia, retórica e democracia (SOFISTAS)

ACESSO FÁCIL: ARQUIVOS DE TEXTOS SOBRE FILOSOFIA POLÍTICA

Filosofia Política_DEMOCRACIA LIMITADA Capitalismo e Política (primeira parte): A corrupção


GREG NEWS e a VERDADE sobre o MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

 A INSANIDADE QUE TOMOU CONTA DOS ELEITORES BRASILEIROS NAS ELEIÇÕES DE 2018 

LULA ESTÁ CERTO! O NEOLIBERALISMO NÃO DEU CERTO EM LUGAR ALGUM DO MUNDO

DISCUTIR #EDUCAÇÃO É COISA PARA 'GENTE GRANDE' E A BEATRIZ TEM 'ESTATURA' PARA ISSO...

DIDÁTICO: MICHELE MELLO, DA TELESUR: O QUE HÁ POR TRÁS DA "CRISE VENEZUELANA"

DITADURA MILITAR NO BRASIL: 56 anos de uma história que deve ser conhecida, jamais esquecida e que jamais deve ser repetida!

2018, o ano que não deveria terminar.

As pessoas boas partem mas não morrem... Marielle Franco 14/03/2018

CIVILIZAÇÃO E BARBÁRIE: A Democracia e a racionalidade estão perdendo.




Por que eu voto no meu cachorro Totó mas não voto em Bolsonaro para presidente?

Vídeo do Conversa Afiada: Prof Belluzzo dá uma aula sobre Keynes

 O neoliberalismo é pai da crise mundial

ESCOLA SEM PARTIDO?

"BRASIL: O grande salto para trás", a história do golpe!

CARTA HISTÓRICA DE DILMA ROUSSEFF contestando decisão do STF 

LEITURA DE TEXTO FILOSÓFICO: A pobreza da democracia brasileira

Sinopse: OLGA, o filme

CRÍTICA POLÍTICA EM IMAGENS - Um presidente para não ser chamado de seu

A CRÍTICA POLÍTICA EM IMAGENS

GALERIA DOS/AS DEFENSORES/AS DA DEMOCRACIA

O assunto é JUSTIÇA: papa Francisco fez um post em suas redes sociais

O Príncipe - parte 1
O Príncipe - parte 1a
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O Príncipe - parte 3a
O Príncipe / Parte 4
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OPINIÃO: BOLSONARO REALMENTE É 'LOUCO' OU É UM ESTRATEGISTA BRILHANTE DA ULTRA DIREITA BRASILEIRA?

ARTIGO: A dignidade e a força com que a Venezuela defende sua soberania.

JAIR BOLSONARO É ASQUEROSO E CRIMINOSO: Um escarro para a posteridade


conceituando capitalismo, comunismo, socialismo, anarquismo, democracia.

'ZUZU ANGEL', o filme - A história da primeira moda-política

"É MEU DEVER DIZER AOS JOVENS O QUE É UM GOLPE DE ESTADO", artigo de Hildegard Angel

BRASIL DA NECROPOLÍTICA NEOFASCISTA, um país entre a ignorância e a insanidade coletivas

ARTIGO DE OPINIÃO: Brasil, um país mergulhado no nonsense neofascista

Platão e a sua Teoria Política

Aristóteles: Política, do ideal à realidade



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